Já lá vão bués de anos, mas mesmo muitos mais de 40, mas a vida tem destas coisas e hoje quando viajava para o Porto para ver a mâe da Rosa Maria, lembrei-me desa faceta, porque numa Área de Serviço vi uns caçadores ou uns também de Meia Tijela.
Como já relatei por aqui numa das minhas memórias, eu tinha uma bicicleta “Rudge” roda 24 com o quadro arqueado que me servia para a escola que ficava bués de longe,cerca de meia hora a pedalar.
Mas adiante. Sei que tinha uns 15 anos ou por aí quando o meu pai me ofereceu um “Diana 27”, que ainda hoje repousa aqui no meu escritório de casa.
Para os que não sabem um “Diana 27” era uma arma de pressão de ar, que era o topo de gama da classe.
Com um canhão daqueles este artista, montava na sua “Rudge” roda 24 azul mar e partia pelo Musseque do Marçal, via Estrada da Cuca e depois da Mabor entrava pela pista de terra até a Moagem do Quicolo ou Kikolo, o célebre Km 14, como era conhecido. Essa zona era um autêntico campo de hortas que abasteciam Luanda e não só.
Antes de chegar a Horta do Capitão, cruzava a linha férrea e abancava debaixo de um cajueiro e esperava pelos rabos de junco, rolas e etc.
Ao fim da tarde tinha uma caçada satisfatória.
Na hora do regresso a “Rudge” azul mar, vinha carregada de caça miúda e descia desde o Km 14 até ao Musseque Marçal.
Hoje vejo que era um Caçador de Meia Tijela sem futuro.
Era Aventureiro.
Comentários
Um comentário a “CAÇADOR DE MEIA TIJELA”
Ainda bem , que não eras bom caçador. Os animais agradecem.