O interface básico da aplicação Mobile Atlas Creator (MOBAC) apresenta-se dividido em duas grandes zonas:
- A zona de visualização da fonte, a partir da qual serão extraídas áreas que darão origem a mapas;
- A zona de controlos que permitem ao utilizador gerir as propriedades do mapa a criar.
Os mapas são organizados nesta aplicação como “atlas”. Segundo a lógica do MOBAC, à semelhança do Trekbuddy, um atlas é um conjunto de mapas, organizado em diferentes camadas. Uma camada pode conter várias mapas e pode representar um nível de ampliação (zoom)/detalhe ou um tipo de mapa.
É aconselhável o utilizador definir, antes de mais o formato em que quer criar o mapa. Para tal basta abrir a caixa de combinação “Format” da secção “Atlas Settings”:
Como já o dissemos o MOBAC tira partido de informação do tipo Raster, capaz de ser utilizada em aplicações como o OziExplorer ou em dispositivos Garmin Dakota, Oregon e Colorado, através dos denominados “Custom Maps” e com um formato KML/KMZ (Keyhole Markup Language e Keyhole Markup Language zipped, formatos já de si nativos do GoogleEarth).
Assim, para o utilizador criar mapas compatíveis com a aplicação OziExplorer deve seleccionar a opção “OziExplorer (PNG & MAP)”. Dado que o OziExplorer não suporta mapas compostos por várias imagens ou fracções (tiled maps), algumas características são ignoradas no processo de criação dos mapas.
Ao nível do OziExplorer são produzidos mapas compostos por um par de ficheiros com as seguintes características:
- Imagem no formato PNG (Portable Network Graphics) com 24 bits de profundidade;
- Ficheiro de calibragem do mapa (métricas GPS) no formato .map.
É preciso ter em atenção que o MOBAC pode produzir imagens neste formato que atingem grandes dimensões, tornando lento o seu carregamento.
Para criar “Custom Maps” utilizáveis em dispositivos Garmin o utilizador deve seleccionar o formato “Garmin Custom Map (KMZ)”.
Neste formato será gerado um ficheiro .KMZ por camada, contendo até um máximo de 100 imagens/fracções no formato JPEG. Dado que a Garmin define como dimensão máxima para as imagens constituintes de um “Custom Map” 1024×1024 pixéis, as imagens são automaticamente redimensionadas sempre que se revelarem maiores.
O utilizador tem à partida a possibilidade de controlar a dimensão máxima do mapa, prevenindo, pois, tais operações de redimensionamento. Para tal deve-se pressionar o botão “Settings”, o qual dá acesso a uma caixa de diálogo com o mesmo nome. A dimensão máxima do mapa é definida no separador “Map size”.
Os passos para a criação de mapas nesta aplicação são bastante simples:
- Seleccionar a fonte a partir do qual serão criados os mapas.
- Dar um nome ao atlas
- Deslocar-se e localizar na fonte a área de interesse: o utilizador pode realizar operações de ampliação utilizando o “Controlo de Mapa”, disponíveis no canto superior esquerdo de cada fonte, ajustando assim a visualização do mesmo, como mover-se, premindo o botão direito do rato.
- Seleccionar a área que quer criar como mapa, premindo o botão esquerdo do rato. O modo como é efectuado a selecção depende das opções exibidas no “Controlo de Mapa”. Assim se a opção marcada for “grid disabled”, o utilizador tem a possibilidade de seleccionar áreas como dimensões específicas. Qualquer outra opção cria uma rede de quadrículas e a operação de selecção conforma-se às mesmas.
- Seleccionar o nível apropriado de ampliação (zoom): pessoalmente aconselho que se comece por um nível 14, o qual poderá ir até 18 em caso de caminhada.
- Adicionar a área seleccionada ao atlas, premindo o botão “Add selection”, localizado na secção “Atlas content”. Caso o formato de criação do mapa seja “Garmin Custom Map (KMZ)”, convém verificar o número de imagens/fracções que serão geradas, de modo a não exceder a dimensão máxima imposta pelo fabricante Garmin e que é de 100. Se for esse o caso, terá então que ser seleccionada uma área de menor dimensão ou um nível de ampliação menor.
(veja-se este caso, onde com um nível de ampliação de 14 se seleccionou toda a zona oriental de Marrocos)
- Criar o Atlas, premindo o botão “Create Atlas”.
A aplicação gera automaticamente os mapas e a estrutura de pastas. Estas são posicionadas sob a pasta “atlases”.
Caso o utilizador tenha seleccionado o formato “OziExplorer (PNG & MAP)” , é criada uma pasta por camada e, naquela, um par de ficheiros .png e .map por mapa.
Caso o formato de criação do mapa seja “Garmin Custom Map (KMZ)”, a pasta, bem como o ficheiro .KMZ que armazena, podem ser copiados então para a estrutura de pastas “GarminCustomMaps” do dispositivo GPS.
Comentários
3 comentários a “Mobile Atlas Creator – Parte 2 (operação)”
Muito bom!!! Mais um programa para instalar no PC. Marca aí uma “formação” para partilha de informação entre o pessoal.
Abraço
Excente explicação *****.
Obrigado
É possivel criar waypoints nos mapas e guardá-los num formato GPX. É igualmente possível carregar e visualizar ficheiros GPX contendo tracks e waypoints, no entanto, estes não são exportados para os mapas raster gerados pelo MOBAC.