Hammam’s, ou banhos mouros, como ficaram conhecidos, são lugares de purificação, higiene, sociabilização e sociabilidade mais ou menos intensa e de certa forma estruturam, o espaço de algumas sociedades árabes e islâmicas.
Os Hammam’s existem com maior ou menor frequência nos diferentes países árabes-islâmicos, nas zonas mais ou menos urbanizadas determinadas por diferentes concepções de espaço, e são também, obviamente, vivenciados de modos diferentes consoante a pertença social, o género, a idade ou a nacionalidade e ainda de acordo com a linha jurídica do Islão dominante.
Apesar da sua difusão pelo Médio Oriente, a importância do Hammam parece ser sociologicamente mais relevante no Magrebe, sobretudo em Marrocos.
Todos partilham de certas características físicas: uma a três salas aquecidas através de hipocaustos e canalizações, água fria e quente corrente, uma sala de recepção, podendo a estas juntar-se uma piscina, uma sala de repouso e outros equipamentos.
Tratando-se de um lugar de purificação prescrita após a actividade sexual, os homens não podiam – nem quereriam, porque ali se exibe também a sua virilidade – proibir as mulheres de o frequentar. Por isso, o Hammam surge ainda, no imaginário literário e oral, como lugar álibi para aventuras menos ortodoxas.
Os “hamman” são uma importante instituição na cultura marroquina.Para além dos seus rituais e significado sócio-cultural, trazem igualmente importantes benefícios terapêuticos: massagistas profissionais trabalham nos “hammans”, complementando a função efectuada no nosso corpo pelas mudanças de banhos frios para banhos quentes.Estes sumptuosos e elegantes banhos encerram vários significados sociais. O mais importante é o de servir de ponto de encontro: é neles que as mulheres costumam observar e “capturar” as futuras esposas dos seus filhos.
Antigamente, os “hammans” eram reservados às classes altas da sociedade, mas actualmente fazem parte da vida quotidiana dos habitantes de Marrocos. No entanto, é importante que tenha em consideração que, em alguns estabelecimentos de banhos, as mulheres não têm o mesmo horário de entrada que os homens. Como diria o João Leitão,” Há duas grandes diferenças de Hammams em Marrocos, os caros e os baratos. Hammam em árabe quer dizer “duche” ou “banho”, e em Marrocos serve para a maioria dos marroquinos se lavare consequentemente tratar da sua saúde muscular através dessas massagens. Ou seja, se for a um desses Hammams públicos, não espere que seja um sítio místico de purificação da alma…vai ser espezinhado e puxado até os braços lhe saltarem. Uma coisa que o vai deixar como novo e os seus ossos agradecem. Pois se for a Marrocos não se esqueça de ir a um Hammam de preferência privado. [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=SedKgy4WvvM]