Midelt e as Minas e Vilas Fantasmas Versus Parcours D10

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O Guide L’Atlas Marocain, Nouvelles Routes Touristiques, de Jacques Gandini, edição de Março de 2011, permite obter percursos turísticos com pormenores e detalhes muito interessantes. A descrição que o autor, colca em todos os percursos, permite-nos acompanhar no terreno, “a tudo aquilo que temos direito de ver e observar”, mas por norma metemos o “pé na tábua”, que o Reg ou Erg espera por nós.
Um desses percursos é o designado “Percurso D10”, com início na zona de Midelt e percorre um conjunto de locais mineiros e vilas abandonados, face a crise no sector na exploração do manganês e da galena ou galenite.
O “Percurso D10”, tem as seguintes características:
Região: Médio Atlas;
Zona: Midelt:
Gasóleo: Midelt, Zeida e ao longo da N13;
Campismo: Midelt e Tinmay;
Bivouac: muitos ao longo do “Percurso D10”;
Distância do percurso: 70 kms
– Asfalto degradado – 40 kms
– Piste CCH – 30 kms (Pista para Camping-Car)

Descrição do Percurso:
Tomando a P 7320, junto a estação de combustível da Shell, deve-se ter em atenção que foi feito um percurso pedonal, pelo que se torna necessário encontrar uma saída para retomar a P 7320.
Tomar a direcção a Mibladen, tendo contudo de tomar todas as precauções, pois a estrada está muito degredada. Cerca de 13 kms depois chega a Mibladen, uma antiga e quase fantasma vila mineira abandonada. Ainda é possível ver uma antiga placa de informação “Midelt 14 Km”. A partir daqui entra nas Gorges do Oued Moulouya eeaté a zona de exploração da bacia de Aouli, penso que as mais importantes minas da zona. Basta ver as antigas fotos do complexo de tratamento do minério e dos serviços de apoio, para ter a noção da sua grandeza e da sua importância com factor de “fornecedor de material para a guerra”, com o mais importante de todos o manganês, ou ouro negro como popularmente de chamava.
Mais, o poderio de Aouli, estava também na sua linha férrea, que servia para levar o manganês para a Europa. Ainda hoje quem esteja atento, ainda consegue ver ao longo da N 13 e da R 503, muitas obras de arte do período do esplendor das minas.
A saída de Aouli faz-se por uma pista quase irreal, que nos leva a ver antigas grutas de minas de chumbo, muito usuais nesta zona do Médio Atlas.
Ao Km 21, uma antiga ponte de madeira sobre o Oued Moulouya e um pouco mais à frente, encontramos ao km 23, um conjunto de “grutas” de mineiros com portas blindadas, para suportar as inundações do Oued Moulouya. Ainda hoje algumas dessas “grutas”, são habitadas.
Ao km 24, entramos em Tazentout, onde ainda há vestígios das unidades de tratamento do minério e zonas de habitação do pessoal, “La Balima”. Excelente local para Bivouac e pesca.
Ao Km 24.50 chegamos ao fim da zona mineira e começa a pista CCH.
Ao km 25.80, entramos na “Ville de Aouli”. Continuando a subir para o Planalto de Mikfane, onde a esquerda vemos restos de equipamentos e cas, bem como uma mesquita bandonada.
Ao km 38, encontramos a antiga “Ville de Bou Ayad”, a altitude de 1300 mts. A paragem é obrigatória para uma visita, seguindo depois em direcção ao Marabout de Sidi Ayad, junto ao Oued Ayad.
Seguindo depois para a imensa Planície de Tichout, tendo entretanto observado antes alguns mineiros amadores, que nos tentam vender algumas rochas. Na Planície de Tichout, pode ver e colher uma planta local que se chama “Nigelle”.
Ao km 55, chega ao coroamento da Barragem Hassan II,inaugurada em 2008. O paredão da Barragem tem 115 mts de altura e a albufeira tem a capacidade de 400 milhões de metros cúbicos. A parede da barragem levou cerca de 620 000 m3 de betão.
Aqui há duas opções, sendo que uma pode ser negada pelo exercito que vigia a barragem, optando por seguir pela CCH até a a Nacional que liga Fez a Midelt.
Fica a nota sobre este percurso que a Land Lousã, aconselha, sendo que por aqui não há Reg nem Erg.
Bons trilhos.
Inté