Farejam as redes sociais, os portais, em busca de notícias sobre actividades na natureza, infiltram-se, esmiúçam e depois delatam. Eis uma nova classe de delatores, que se consideram os únicos (e acima de toda a suspeita) defensores do ambiente. Através do anonimato delatam, como se pudessem ser os únicos com direiros a caminhar ou a rolar nos caminhos e nos trilhos do nosso País.
Alguns, nunca os vimos em acções de sensibilização ou de limpeza, porque nessa altura estão sempre indisponíveis, quem sabe na sua procura incessante de “vasculhar”, esgotem todas as forças.
Ao que parece, começam a ser conhecidos e a perder a credibilidade. No fundo é fácil! É a obsessão primitiva e emperdenida de que, nós, somos os maus, de que nós somos os únicos que matamos a floresta. Mas, a verdade, é que somos nós de entre muitos que, recolhemos as latas e as garrafas deitadas borda fora, somos nós que apanhamos as fitas de sinalização abandonadas, somos nós que recuperamos capelas, somos nós que recuperamos fontanários, somos nós que localizamos os caminhos sem saída e os pontos de água para combate a incêndios, somos nós que sensibilizamos os nossos sócios e amigos a conhecer de forma equilibrada a Serra da Lousã, sem nunca a reduzir a uma colecção finita de matéria-primas, própria do racionalismo económico, ou a um bem finito e estático, inatingível pelas populações e incompreeensível para as mesmas. Esta é a má ecologia, resultante de um activismo ignorante que envereda facílmente pelo disparate, por meias verdades e por lendas pseudo-científicas.
Nós estamos por cá e vamos continuar por cá a defender a Nossa Serra da Lousã, porque acreditamos que o Século XXI deverá consagrar a cidadania ecológica, porque queremos a acessibilidade ao nosso património natural com regras, mas para TODOS, e não só para alguns.
Fiquem bem.