Em véspera de uma grande viagem (física, mental, quiçá espiritual), alguns elementos do Land Lousã estão num estado que, em futebol, se chama de estágio. Os anseios são muitos, a experiência é alguma e a expectativa é elevada. Alguns sentirão o peso do mundo nas suas costas, como se a responsabilidade pelo sucesso de uma expedição dependesse unicamente de si.
É nestes momentos que se vê a fibra dos campeões, dos vencedores, dos que vão mais além.
A preocupação, para além de sinal de inteligência, é um mecanismo de defesa, de sobrevivência. Quem se preocupa, fá-lo porque pensa; quem pensa, sobrevive. Acho bem.
No entanto, desejo a todos os TTuristas que seguem nesta fantástica expedição que vão sem medo. Sintam a liberdade de poder ir de A a B e de se divertirem a fazê-lo – ainda por cima, rodeados de família, amigos e companheiros.
Dando continuidade ao paralelismo com o futebol, que esbocei no primeiro parágrafo deste texto, aproveito para lembrar a estória de Tavares, jogador de um Benfica (que não é aquele que aprendi a gostar e que terá entrado em coma em 1994). Uma vez que o que não falta na Internet são blogues de futebol, cito a referida estorieta directamente do defunto Futeblog-total.blogspot.com:
«A borra é o antónimo da raça. A um jogador raçudo raramente lhe dá a borra nos grandes momentos. Quando muito, pode revelar insuficiência psicológica através de uma raiva incontrolada que desagua em expulsão ridícula (vermelho directo) por agressão bárbara a um adversário, sem aparente razão. E isso nunca é sinónimo de lhe ter dado a borra. Continua a ser uma inegável demonstração de raça.
O exemplo paradigmático – mítico até – da maior borra de sempre do futebol português aconteceu a 1 de Março de 1995: o jogador Tavares pisou S. Siro com a chemise do Benfica e, aos 23 minutos de jogo já houvera sido substituído por Kenedy, sem nenhuma razão aparente. Tavares não aguentou o ambiente infernal daquele estádio. Os joelhos tremiam, o suor era frio, o seu fio de jogo era menor que zero. Sentiu náuseas e quase se urinou pernas abaixo. Pediu a substituição. O que é que lhe deu? Deu-lhe a borra total.»
O objectivo deste post é motivar-vos para a expedição (ok, confesso que sempre quis que este blog tivesse uma Categoria “futebol”).
Esta viagem será mais um nó nos vossos laços de amizade – que não vos dê “a borra” e desfrutem ao máximo.
Boa viagem, tragam-me areia do deserto.
Land Lousã: só os duros é que penetram.
– Rui
Esta mensagem é dedicada particularmente aos “meus”: Tatai e Romy. Sei que vão em boas mãos. Até já.