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Boas.

“VOU SEMPRE, MESMO QUE NÃO VOLTE”.

Dou por mim muitas vezes, a pensar na Odisseia que foi, a etapa nocturna de ligação entre as Gargantas de Todra a Dadés.

Mas com a preparação da II Expedição a Marrocos ao ler o “Le Guide du Rotard Maroc 2008”, esta travessia merecia um lugar de destaque em dois lugares distintos face  a beleza da travessia e a sua dificuldade, já que com o mau tempo não existe trilho.

Sinceramente acho que foi uma aventura que começou pouco depois das 18.00 horas de um dia qualquer de Setembro e acabou por volta das 3.00 horas da manhã do dia seguinte depois de quase 8.00 horas para fazer cerca de 40 kms de uma pista invisível numa noite escura a uma altitude média de 2600 mts.

Não existe nenhum lugar digno desse nome ao longo do percurso. Como referem muitos Guias, uma pista em lado nenhum.

 Recordo com algum riso de saudade a minha conversa com o “Savimbi”, antes de levar 11 Land Rovers e 24 pessoas, para uma pista de montanha com precipícios “medonhos”, que o escuro da noite não dava para ver, nomeadamente nas curvas com ganchos apertados em que a roda traseira esquerda pisava o limite da segurança da vala. Pode parecer ridículo, mas aquela conversa com o “Savimbi” foi muito importante enquanto o resto do pessoal se divertia a molhar os pés e a beber umas “Cucas”, que entretento refrescavam nas águas geladas do Rio Todra. Eu confio cegamente no meu “Savimbi”, tenho uma confiança inequívoca no meu Defender e isso é muito importante.

O ponto mais elevado da pista é o Pico D’Aguerd a 2639 mts.

A pista começa suave com vistas soberbas sobre a montanha, entrando lentamente para um labirinto de curvas e contra-curvas de um Oued carregado de calhaus que escorregam da montanha que ladeia o Oued. As fortes chuvadas tinham eliminado o que restava da pista e foi uma busca constante de trilhos e saídas naquela noite escura em que o pessoal começava a entrar em stress, porque nunca mais tinha fim aquela longa pista.

Foi muito importante a ajuda do João Anágua que serviu de “lebre” a descobrir trilhos no meio do nada e da Rosa Maria que foram os meus “olhos”, naquela noite.

O GPS, não deixava de marcar 33.9 kms de distância ao destino, medida em linha recta e isso era demolidor, nomeadamente para mim e para o Anágua que sem ter falado com ele via CB, entendeu a minha mensagem via rádio “só faltam 12 kms, só faltam 4 kms” e o GPS insistia em manter a distância no 30 kms.

Por isso, não quero deixar de lá voltar, para ver o que não vi, para apreciar aqueles pisos de rochas rolantes e os plateaux calcáreos que descem para Dadés.

 Track para Mapsource, AQui

 

O famoso Track no início do percurso

2,4 Kms numa hora é obra e subimos mais de 300 mts

Algures antes do desfiladeiro a ver o track no GPS

Inté

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