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 Ao Vasquinho

É pá, deste cabo de mim e isso não se faz, Man.

Então, baza-se assim de repente Man e eu aqui destroçado a começar só agora a explodir os meus sentimentos comprimidos na raiva desta injustiça.

Porra, Man, sabes isto está a ser difícil, bwés mesmo.

É pá sexta-feira estavas todo radiante, tinhas a tua nova aquisição, um novo brinquedo, novo e disseste-me, “Parola, anda comigo ali ao Peugeot quero mostra-te uma coisa, gostas? dá 110 lts por minuto, é um Tmax de 2 cabeças”. Vamos ter ar com fartura em Marrocos, não precisas de levar o teu, Mestre.”.

“Parola, amanhã tenho prova, sábado tenho casamento do Flávio, volto no domingo e quero ir ver a casa, aquela mesmo que tu mandaste as fotos.

 

 

E agora Man, lá tenho de levar o meu charuto da Norauto?

Man, é pá então quem vai fazer a pista de obstáculos para o III END, se pensas que me meto nisso, podes ficar descansado, não percebo peva daquilo, Man, estou tramado.

E Marrocos, então tanta coisa que falamos, tanta coisa que combinamos e agora fico apeado? Não isso magoa Man, porra queres tudo para cima de mim, fosga-se nem parece teu, estavas sempre pronto e na 1ª linha e agora, mandas-me para a frente sozinho.

Já te esqueceste do que me disseste que ias fazer nas Dunas do Auberge du Sud, com a “Baixinha”? Que lhe ias pôr o Defender nas mãos para a rapariga curtir.

Vasquinho, é isso, Vasquinho com a Rosa Maria te chamava com a um filho, andavas radiante a sonhar com a casa nova na Lousã, estavas ansioso para lá ir com a “Baixinha”, a tua “gaja”, como lhe chamavas com amor.

 Porra, Man, ainda te lembras de sábado a tarde, quando na cama 24, dizias, “Parola, falta um GPS e um telemóvel”, vê se os encontras.

É pá nem me deste tempo para te dizer que o telemóvel já apareceu, mas também não disseste tudo, Man e podias ter dito, somos amigos, Man, bem podias ter dito que o famoso telemóvel era das mensagens de amor para a tua “mulher”, é pá, só te digo a gaja ficou radiante, leu e releu tudo, algumas leu alto para eu e a Rosa ouvir-mos. Ouve lá aquilo escreve-se “ Oh gaja que fazes levantada às 5 da manhã”, porra Man aquilo era amor, disse-te muitas vezes, ou eu não fosse um Padrinho aprumado.

Vasquinho, ouve lá esta só para nós, sim porque aqui ninguém nos ouve, “ a tua Baixinha, aguentou, forte e de que maneira, não negou fogo, sempre aí ao pé de ti, sempre a cuidar de ti e tu não lhe deste bola, nem lhe respondeste, Man, eu sei estavas a pensar noutra coisa, no teu Defender para Marrocos.

Man, tenho tanto para te escrever, espera está aqui o Agosto 2, ou Tomás, ou Agostinho ao telemóvel, o “meu” quer conversa, quer meter uma cunha para ir ao nosso III END, com o JocaLR, com o Fasp e com o Sá, querem trabalhar na pista, trabalhar dizem eles, lembras-te que no ano passado tanta lábia e nada, o Agosto 2 até exigiu quarto e nós na tenda.

Vasquinho lembras-te do outro armado em empata, que montou a tenda em cima da tua, eheheheh, e tu todo fulo, loloolol, o que é que ele quereria ouvir não sei, se calhar o teu ressonar, ehehehehh.

É pá, o que é que te deu para que ontem dia 27, por volta das 21.30 horas te pirasses, o que foi isso Man, nem xau nem nada, teve que ser o Rito a dizer-me,  aquilo que não queríamos ouvir, isso não se faz aos amigos meu, foi cá uma pancada, Man, porra engoli em seco, foi brutal, estávamos todos a fazer um força enorme a puxar por ti, é verdade, Vasco,  montes deles que vieram do Porto e de Lisboa, mas bazaste na mesma nem parece teu. E Rates como vai ser Rates sem ti, sem a tua companhia, Man, lembras-te dos passeios ao sábado de manhã, com as cartas militares da zona, era curtido, não era e agora? Vou com quem? Fosga-se Man, vai ser duro, mas lá estarei.

Sabes, o pior é que tu me obrigaste a falar com a Lucinda, pá se soubesses como foi duro falar com a Lucinda, faltaram as palavras, porra Man, eu não merecia isso, podias ter esperado, Man.

E hoje, Vasco pior ainda, aquela de ir aquela casa fria, ver-te, foi do caraças, Man, aí é que bateu mesmo fundo e eu armado em herói quando cheguei ao pé da “Baixinha”, estava pronto a rebentar mas nada Man, reagi a Vasco Lima, teso, nada de mostrar fraqueza, mesmo a cambalear, com um sopro caía ko.

Vasco Joel Correia de Lima não consigo, Man, não consigo, mesmo, escrever mais porque as minhas lágrimas só agora rebentaram e estou em choro compulsivo, Man, achas lindo esta coisa, de certeza que não e eu sei disso.

Até sempre Vasco Lima, “Xanoc”.

Olha por nós. Orienta-nos nas nossas trialeiras da vida.

Do teu sempre amigo Parola Gonçalves.

 

 

 

PS: Texto não editado.

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