Como Estudo o Meu Percurso?

Olá.

Quando quero fazer o estudo de um traçado de percurso para determinado passeio ou Travessia procedo do seguinte modo simples e sem grandes ambições teóricas.

Por norma utilizo os seguintes programas, o Oziexplorer com a sua cartografia das cartas militares ou outras, o MapSource ou o BaseCamp, com a cartografia da Garmin e alguma Open Street Map.

Trabalho quase sempre em duas janelas do monitor com ambos os programas abertos.

Nas grandes Travessias tendo sempre definir um azimute entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Se a Travessia tiver mais do que um dia, marco vários azimutes unido os diversos pontos de partida e chegada.

Por norma nos reconhecimentos, para validação dos percursos estudados em casa, sigo a minha intuição ao longo da linha de azimute traçada, tendo em conta os novos caminhos e ou pontos de interesse.

Para os passeios mais curtos, sigo o mesmo procedimento:

Quando traço por exemplo um azimute, utilizando a ferramenta MapSource, tenho sempre o cuidado de assinalar todos os pontos de interesse (POI), importantes para a Travessia, utilizando para cada um desses pontos de interesse um símbolo adequado de acordo com a importância do POI.

Definido o azimute e ou os azimutes e os pontos de interesse, procuro na cartografia existente o maior número de caminhos não pavimentados para começar a desenhar com as ferramentas do MapSource o percurso que mais tarde será validado.

Algumas vezes utilizo percursos já validados por amigos e faço os ajustamentos considerados importantes. Contudo, só utilizo este procedimento se tiver confiança no partilhador e se tiver em conta uma boa descrição do percurso e das suas condicionantes.

Não tenho a preocupação de desenhar com rigor todas as curvas, optando por desenhar vários troços rectos e também colocando pontos de apoio (waypont’s).

Com o percurso base em modo de desenho, vou guardando o percurso e ao mesmo tempo faço a sua observação no Oziexplorer, para confirmar se é ou não viável, utilizando as cartas militares mais recentes e as mais antigas para a mesma zona.

Tenho sempre em consideração os Marcos Geodésicos e as linhas de água e uma atenção enorme às curvas de nível.

Também tenho por norma que estabelecido o azimute o percurso não pode andar na perpendicular a este, a uma distância de 3 kms, o que é bastante.

Estabelecido o percurso base, também desenho alternativas a cores diferentes, estabelecendo um painel de cores de acordo com a dificuldade.

Feito este trabalho, segue-se a validação no terreno. Por norma utilizo o Montana 680 e um antigo WayteQ, com as cartas M888. No Montana utilizo os mapas Topo Light da Garmin e um mapa transparente só com os marcos de fronteira, os Marcos Geodésicos e todos os caminhos de terra com um type desenhado por nós.

Durante a validação do percurso, as alterações por norma são bastantes e para mim essa é a grande vantagem da validação, já que há sempre um caminho novo, um ponto de interesse importante e ou alternativas com o percurso mais belo e ou acessível.

De um modo simplista e sem grandes ferramentas, eis como estudo os meus percursos.

Bons trilhos.