Le Zerhoun – Route A1 – Boucle du Zerhoun

Le Zerhoun

O Tomo X das Pistes Du Maroc, de autoria de J. Gandini e Hassan Yamani, cujo título é Le Zerhoun, Volubilis & Moulay Idriss, veio dar a conhecer alguns pontos de interesse numa zona que por norma os 4×4 passam por ela “como 4×4 por vinha vindimada”.
O Jebel Zerhoun, é uma cadeia de pequenas montanhas da região Meknes e é caracterizada por uma topografia diversificada, onde as colinas ocupam uma posição dominante, coberta com florestas de carvalhos, pinheiros ou olivais e com uma vasta planície a oeste.
Zerhoun, é uma das regiões mais ricas em património cultural marroquino, como Volubilis, a cidade sagrada de Moulay Idriss, bem como a fortaleza Kasbah Nesrani.
Face a esta introdução vamos hoje dar a conhecer um pouco do percurso:
Route A1. La Grande Boucle du Zerhoun.
É um percurso circular com cerca de 120 kms com saída do Parque de estacionamento de Volubilis e términus em Moulay Idriss.
Como já referimos, este percurso é uma “Boucle”, seja um percurso circular, que percorre uma rede de estradas com o piso mais ou menos degradado, fazendo valer aqui as qualidades de um 4×4 bem como aceder a locais inéditos que outro automóvel não permitia.
Vamos unicamente colocar aqui os pontos de interesse que esta Route A1 nos proporciona.
Como já referimos o percurso tem início no Parque de estacionamento de Volubilis e segue pouco depois por pista indo ao encontro do antigo refúgio de Zerhoun, que no início do século passado, permitia acolher alguns turistas.
A sequência de pontos de interesse “POI’S”, é avassaladora, pois logo ao km 3.60, temos acesso a célebre Gruta de Kef el Hâmam, ou também conhecida pela Gruta dos Pombos.
Ao Km 6.00, temos logo à saída da Vila de Moulay Idriss, uma importante obra de engenharia o Aqueduto Haroun. Um aqueduto construído em alvenaria, tem dois andares, construído para recolher e transportar as águas da montanha. Pensa-se que foi construído na época do Sultão Moulay Abdelaziz.
Ao km 7.60, encontramos uma nascente de águas quentes e sulfurosas de Aïn El Hamma, cujas águas correm para as Gorges Kroumane. Os romanos aproveitaram a nascente e construíram um reservatório circular que ainda hoje existe e foi recuperado em 2010, depois de uma forte invernia. Esta água era canalizada para Volubilis, pois as suas características termais eram muito apreciadas para doenças da pele.
Ao Km 14.80, termina o Parque Natural de SIBE e é possível visitar na zona um antigo complexo de antigos edifícios onde funcionou uma estação de rádio.
Um pouco depois ao Km 19.80, entra em El Mrhassïine, um pequeno lugar onde a presença de edifícios e fontes do tempo do Protectorado, são ainda hoje visíveis. Há ombreiras de janelas tipicamente francesas, bem como fontenários em pedra trabalhada.
A sequência de nascentes ao longo do percurso vão ser uma constante, bem como de alguns antigos cemitérios.
Ao km 25.70, saímos da zona de influência do Jebel Zerhoun e entramos na zona do Jebel Takerma, onde a vegetação muda por completo, e podemos ver ao logo do caminho florestal uma enorme plantação de alfarroba.
Ao km 40.30, em Sidi Mjehde, é aconselhável visitar o antigo lagar mecânico, construído no tempo do Protectorado e que hoje está em ruínas, mas ainda com algum equipamento. De seguida tem em linha de vista a albufeira da Barragem de Sidi Chahed.
Ao km 47.90, segue em direcção a Talaghza, onde vai encontrar oliveiras com mais de um século e com a inscrição feita por gravação na própria árvore do nome do proprietário.
Depois de uma sequência de mudanças tipo de florestas e culturas, mas das quais sobressaí o olival, chega a Bni Ammar ao km 81.50. Bni Ammar é uma antiga vila, que merece uma visita. A sua arquitectura antiga do tempo do Protectorado é ímpar. Com os seus arcos em forma de abóboda as antigas construções ainda se mantêm uma das quais uma antiga chaminé bem como as ruínas de uma antiga barragem agrícola.
Ao km 111.30 chega a Vila de Beni Meraz, depois de passar pelo Douar El Khenadek, ao km 90.00, onde ainda existe as ruínas de La Menara, uma antiga torre de vigia que não suportou a força de um sismo, bem como as restantes habitações. Hoje El Khenadek, é um conjunto de ruínas que sofre com a erosão do tempo.
Em Beni Meraz. Aconselhamos uma vista aos artesãos que trabalham com barros e onde é possível ver como ainda trabalham e adquirir algumas peças.
A “Boucle” aproxima-se da sua parte final, encontrando ainda mais alguns “Douar’s”, seja pequenos lugares com forte componente agrícola ou de pastoreio.
Esta é a nossa pequena contribuição, para quem passa pela zona com o seu 4×4 como “como 4×4 por vinha vindimada”.
Aconselhamos pelo que lemos e pelas fotos que vimos a fazer esta Route A1, podendo ter como base os alojamentos em Volubilis, Hotel e ou Gïte, bem como o Parque de Campismo junto a Moulay Idriss.

PS:
Faça Todo Terreno responsável, respeitando sempre a Natureza e as Boas práticas ambientais! Não deixe lixo pelo caminho. Respeite os alertas das autoridades.
Conselhos e boas Praticas TT:
Levar sempre uma reserva de água, comida e combustível para acautelar algum imprevisto que possa surgir.
As pistas devem ser feitas sempre com o mínimo de duas viaturas 4×4, não saindo dos caminhos ou estradas e respeitando as hortas ou plantações, bem como a propriedade privada.
Alerta – A partilha deste percurso deve obedecer a altura do ano e ao tipo de viatura. Esta partilha, não responsabiliza quem o publicou, por qualquer dano ou acidente que possa ou venha a ocorrer por quem o realizar.
Cada um, deve ponderar a sua utilização, avaliando os riscos e a sua capacidade para o realizar.
Bons trilhos.
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