O MEU RELATO DA II EXPEDIÇÃOLAND LOUSÃ A MARROCOS – 2008

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II EXPEDIÇÃO LAND LOUSÃ A MARROCOS 2008

 

O MEU RELATO

 

Dia 15 de Agosto

 

O dia começa bem cedo é preciso carregar o “Savimbi” com o resto do material e com os produtos do frigorífico e passar pela Sede do Land Lousã para uma foto de família e de lá acenar ao Lima que do alto da Urtiga olharia pelo pessoal.

A viagem até Badajoz correu sem problemas e o pessoal de Lisboa já ansiava pela nossa chegada para partirmos para Algeciras.

A bomba da Repsol a saída de Badajoz a caminho de Zafra foi o ponto de encontro com o pessoal.

Caravana reabastecida e animada lá partimos para a grande Expedição ansiosos. Os Cbs não se calaram todo o dia, com conversa da treta, mas era preciso animar o pessoal.

Algures perto de Sevilha entra na nossa frequência e em grande estilo o João Cardoso e a Ana França que atentos esperavam ansiosos por ouvir o pessoal, foi uma festa.

Almoçamos junto a uma área de serviço num local quase que imundo mas era o que havia com uma ténue sombra.

O calor apertava e de que maneira, e o pessoal ia atento aos manómetros da temperatura, já que o Medonho com o seu TGV, impunha um ritmo acelerado e eis que numa subida longa o “Savimbi” dá um sinal de alarme e põe o meu coração acelerado o ponteiro da temperatura sobe no intervalo dos traços brancos. Por CB alerto o pessoal, levanto o pé e quase que instantaneamente o ponteiro volta a posição que eu considero normal, o que se passou não sei, talvez o termóstato colado ou seria normal?

Chegamos ao fim da tarde a Algeciras muito a tempo de curtir uma piscina e descansar. Eu é que não fui para a piscina sem ler o livro de instruções do “Savimbi” para ver até onde podia ir o ponteiro e fiquei descansado, já que toda a zona “branca” era permitida, valha-nos isso.

À noite o pessoal foi jantar numa esplanada e foi muito bom, porque permitiu conversar, rever amigos e preparar o dia seguinte.

 

Dia 16 de Agosto

 

A ansiedade pelo menos da minha parte, era enorme já que era preciso reagrupar o pessoal de toda a Expedição, adquirir os bilhetes para o ferry, cambiar os euros por dirhans, apanhar o ferry e passar a fronteira de Ceuta para Marrocos.

O tempo passava e algum pessoal tardava em chegar e poderíamos complicar as coisas com a emissão dos bilhetes do ferry, mas tudo correu bem e até foi possível antecipar o embarque em 1.30 horas. Esta opção foi excelente, já que permitiu fazer as coisas de modo mais calmo.

Saímos do ferry e paramos no grande Parque antes da fronteira para recolher os passaportes, retirar as antenas dos CBs e afinar os procedimentos.

Lá fomos nós e tudo correu bem, o 1º carro passou em menos de 15 minutos e os outros todos de seguida em menos de 40 minutos estávamos reagrupados para basar para a grande Expedição, sem contudo para na 1ª Bomba de combustível para atestarmos os 4×4 com gasóleo a 0.74 euros o litro.

Como Anágua a abrir o percurso e o Joca a fechar o pessoal lá ia todo contente e com atenção redobrada com a condução acelerada e suicida dos marroquinos desejosos de apanhar a placa indicativa de Wadi Laou. O percurso até Wadi Laou é estupendo, com umas praias de aguas quentes e serenas, mas era preciso avançar porque Chefchaouen ainda estava longe.

Mas o pessoal não resistiu e bem perto de Wadi Laou apareceu uma praia mesmo a pedir um mergulho e eis que o “Velho” foi ao banho de calções abrindo as hostilidades.

Mais frescos, seguimos para Chefchaouen até ao Hotel Madrid, onde já chegamos de noite.

Contrariamente ao que eu pensava o Senhor Mejdoub Mohamed, Gerente do Hotel, dizia que não havia reserva, já que não tinha feito a transferência através da Western Union. Foi preciso mostrar cópia do mail para que o pessoal tivesse poiso.

Fomos jantar bem perto do Hotel e comuniquei ao pessoal que a saída seria por volta das 11.00 horas em direcção a Ifrane, permitindo assim que se fizesse uma pequena visita a cidade azul.

 

Dia 17 de Agosto

 

Com o João Anágua a comandar a caravana lá saímos ou tentamos sair de Chefchaouen com a longa caravana de 11 Land Rovers, tanta volta demos a rotunda que optamos por fazer o track da entrada até a estrada principal pela N2. Foi a melhor opção senão ainda por lá andávamos a procura da saída.

Rumo a Ifrane lá fomos nós em caravana com um percurso que não entrava em Fez, mas eis que um acidente com um dos Land Rovers de uma caravana da Camel Trofhy, nos fez mudar de rumo e entrar no que chama “Cambodja”, um bairro medonho mas de gente simpática com bués de oficinas mas que também não tinha saída, já que as obras de uma variante cortavam o caminho. O pessoal lá nos mandou por um “quelho” e lá encontramos a saída rápida para Ifrane.

Com a fome a apertar acabamos por almoçar num pequeno oásis, apareceu pouco depois o responsável pela aldeia que nos convidou a ir para umas sombras mais frondosas junto a um rio. Acabamos por ficar por ali, já que tinham o almoço adiantado. Porém perguntamos se havia escola e demos algum material escolar, como cadernos, lápis, canetas e brinquedos.

Chegamos a Ifrane ao início da noite, tendo reabastecido os Lands Rovers e voilá Hotel Chamonix, mesmo no centro de Ifrane.

Ifrane é uma cidade moderna, com traços de cidade dos Alpes Suíços, com arruamentos largos e muitas zonas verdes tratadas. Naquele dia a moda era apreciar a nova fonte luminosa que mudava de cores e o famoso leão de pedra. A fila para as fotos era medonha como diria o Anágua. O pessoal aproveitou para telefonar para a família com os famosos cartões de cabine, que são baratos e práticos já que não têm rooming.

 

Dia 18 de Agosto

 

Bem cedo lá zarpamos para a etapa mais longa de Ifrane a Tamtettoucht, sempre com uma altitude soberba, com uma aragem mais fresca e temperaturas mais amenas. Passamos ao lado de Azrou e pista com eles. A pista tem início na Floresta dos Cedros e é de uma beleza impressionante, pese embora o pó fino e pesado que entrava por todo o lado. Mas valeu a pena, a condução por trilhos estreitos no meio de árvores de grande porte, algumas petrificadas. Esta parte serviu para o pessoal que ia pela 1ª vez animar e adorar Marrocos.

Oued Oum Er Rbia é um local impressionante com as suas nascentes, não foi possível parar, mas tenho de lá voltar para apreciar.

Passamos por Khenifra e começamos a subir pelas pistas estreitas e sinuosas com uma vontade enorme de chegar ao lago Tislit. Optamos por almoçar numa estação de serviço debaixo de um sol quente, mas era preciso chegar ao Lago e depois a Tamtettoucht. Foi um almoço triste, dos piores da Expedição, bastava ver os rostos das pessoas.

Lá partimos para o Lago Tislit, desejosos de um banho refrescante e assim foi, quase todo o pessoal deu banho a minhoca e não só, até houve choques térmicos, não é Brito?

Depois do banho nada melhor que um chá no Auberge do Ibhrain, gente simpática e muito atenciosa. Quero lá voltar novamente. Saímos do Auberge em direcção a Agoudal com uma passagem rápida por Ilmilchil, nem deu tempo para parar nesse ponto de cruzamento importante entre várias rotas, mas o tempo escasseava e ainda faltava muito para chegar ao Auberge Bougafer.

De Ilmilchil a Ait Hani o medonho cruzava com o belo, as zonas fartas com a pobreza total, em algumas aldeias as crianças faziam o pino e rodopiavam como no circo para ganhar um cadeaux, era impressionante tal contraste.” e a lembrar a forma como a pobreza de tantas crianças, naquela tarde, esmagou o sorriso que a expedição trazia mas ele foi regressando durante esse dia, mesmo que timidamente e acompanhado de uma sensação de conforto quando pensávamos que trazíamos a ajuda possível para algumas crianças daquele país tão cheias de vida.

Chegamos ao Auberge Bougafer de noite e era aí que eu tinha a 1ª prova de fogo, já que o Auberge, só tinha 4 quartos com casa de banho privada. Depois de alguma tensão inicial e de alguns amuos, é proposto um sorteio para atribuir os quartos com banho privado. A sorte ditou os felizardos. Só com o bom jantar com umas brochetes de frango e cordeiro com umas Colas e Fantas frescas é que o pessoal começou a distender ao som de uma orquestra improvisada do pessoal do Auberge animou o jantar. O violino de lata de 5 litros de óleo da Shell, com o sistema se amplificação de rádio do tipo “rapper” deu mais alegria e aliviou a falta de WCs privadas.

A noite já ia longa quando o pessoal foi dormir, havendo já um início de “jactos” que o Brito teve o prazer de começar. Ele diz que foi do choque térmico das águas do Lago Tislit, eu penso que foi das sobremesas da sua Senhora.

 

Dia 19 de Agosto

 

Era o dia da entrega do material a ONG Bougafer em Alnif. O percurso era fácil com uma visita demorada as Gorges du Todra, para umas fotos para mais tarde recordar e apreciar o longo e vasto Oásis de Tinerhir.

 Na área de serviço do costume, o pessoal atestou as máquinas reabasteceu de água glacé e rumamos a Alnif, por asfalto os 1ºs km e depois por uma pista empoeirada quanto baste e com muito trânsito. A chegada a Alnif fizemos as honras da caravana e depois fomos para o Café Restaurante Le Palmeiral aguardar pelo almoço oferecido pela Associação. O Café Restaurante tem umas excelentes condições e o pessoal é muito simpático.

Após o almoço fizemos a entrega de todo o material e tiramos uma foto de conjunto.

Feitas as despedidas, partimos para o Auberge du Sud no Erg Chebbi por asfalto.

Em Rissani atestamos os Land Rovers e depois de 13 Kms pela N 13, saímos por pista para o Auberge du Sud. Para os principiantes notei que aquelas pistas medonhas lhes criavam um brilhozito nos olhos e talvez apreensão, mas o pessoal confiava em nós.

Depois de cerca de 14 Kms aparece ao longe o imponente Auberge du Sud, rejuvenescido e ampliado com as suas torres.

Eu senti um misto de enorme alegria e de uma grande tristeza já que tinha planeado com o Vasco Lima muitas coisas boas para fazer naquelas dunas medonhas. Como prometido eu e a Rosa Maria, não paramos e demos umas voltas pelas dunas, como forma de dizer ao Vasco Lima que estávamos ali a tentar fazer o que ele muito bem fazia, andar seguro e rápido nas dunas como num Circo da Morte, de lado e em círculo.

Previa outra tempestade não de areia mas de ar condicionado, já que éramos 11 Land Rovers e só havia 8 quartos com AC, mas o chá do Moha, dono do Auberge, deu para que tudo se resolvesse sem sobressaltos de maior. Depois do chá, o pessoal partiu para a conquista das dunas e o Brito deu cartas, o Defender do Brito parecia um avião com os seus 187 cavalos e tudo que era ficha desligada, fiquei babado de ver o Brito a acelerar, quando for grande quero ter um KDU como ele.

Depois do jantar o pessoal juntou-se no passeio da entrada principal e contou as suas histórias, conheceu mais gente e ouviu uma música simples mas envolvente.

 

 

 

 

Dia 20 de Agosto

 

Este dia era o grande dia para muitos. Era o dia mais esperado da Expedição. Andar nas dunas, cruzar pistas, ver oásis perdidos, enfim o que mais se anseia naquele grande Erg.

Depois do pequeno-almoço e de uma vistoria as máquinas era notório o nervosismo dos novatos, que questionavam tudo, a pressão dos pneus, o guia, para onde vamos sei lá.

Lá partimos levando como guia o melhor de Todos, Moha, o dono do Auberge que nos quis acompanhar. Perguntou-me, “Parola como queres?” e eu respondi uma volta curta com muita areia e visita a nómadas.

Partimos cedo paralelo ao Erg e pouco depois entramos na zona das dunas, quando via CB somos informados que temos mais “jactos” na caravana. As cólicas eram fortes e dois Land Rovers tiveram de regressar ao Auberge, fazendo track-back do track iniciado. E nós apreensivos, lá partimos tendo eu pedido ao Moha para ainda encurtar mais o percurso, o que implicava andar mais nas dunas de maior altura. Meia hora depois estávamos no grande acampamento da grande khaima do Moha. Este acampamento fica no sopé de uma grande duna e tem várias tendas abastecidas com energia foto voltaica e abastecimento de água de um Oued próximo.

Aqui nesta grande duna ia acontecendo um capotanço devido a uma brincadeira, mas felizmente alguém olhou por eles e tudo correu bem. Regressamos ao percurso depois de muitas tentativas de sobe e desce duna e eis que via CB, mais um elemento entra no Clube dos “jactos”, não sei se por quebra de tensão se pelo susto da brincadeira. Nesse entretanto outro elemento da expedição, afastava mais um pouco e entra também no Clube dos “jactos”.

Perante isso pedi ao Moha para partir para Merzouga pela pista do ano passado. Nesta altura já o Moha leva o Land Rover de uma das baixas de “jacto”.

Quase uma hora depois, chegamos a Khamlia terra de Malianos que a muitos anos vieram para Marrocos, onde fomos visitar um conjunto de excelente música e uma pequena escola primária a quem demos algum material escolar e prometemos levar mais o que fizemos no dia seguinte. Com tantas baixas, fomos para o Auberge du Sud onde almoçamos meia dúzia deles já que os restantes estavam na era do “jacto”. As canjas de galinha e as maçãs cozidas, começaram a ser o dia a dia dos doentes, que então descobriram que o resíduo seco de algumas marcas de água era o causador de tanto “jacto”. Eu penso que era de se beber litros e litros de água a doida e litros de Coca-Cola. Mas mesmo assim ainda houve forças para o pessoal ir pelas dunetes para a piscina do Auberge Dunes D’Or. Este Auberge tinha um pátio interior fresco com uma piscina agradável, mas a cor da água era suspeita pese embora o cheiro a cloro, mas era isso que alguns dos Expedicionários queriam, piscina, piscina, piscina e nada melhor que lhes fazer a vontade, não é?

O jantar foi triste e monótono mas também não havia espírito para mais, já que os doentes me preocupavam, pese embora o pior estivesse para vir.

 

Dia 21 de Agosto

 

O pessoal como combinado, embora o dia fosse “livre”, foi até Rissani em caravana fazer as compras de tagines, tapetes, agua glacé, fruta e conhecer a cidade.

Rissani para nós era uma cidade estranha, medonha, em que os 4 piscas acessos era sinal de intranquilidade, mas desta vez lá fomos e eu gostei, pessoas afáveis, simpáticas, generosas e com uma grande capacidade de comércio. Muitos sapateiros, marceneiros, carpinteiros e lojas bem recheadas. O mercado era farto e de qualidade, sinceramente gostei.

Algum pessoal optou por comprar em Rissani, material escolar para entregar na Escola de Khamlia e lá fomos nós. Foi uma boa acção e melhor quando aquelas crianças cantaram e dançaram para nós, mas nunca esquecerei aquele miúdo que se atira para o “palco” e canta e dança para nós, foi lindo, muito lindo.

Depois das compras o pessoal queria o quê? Isso mesmo, piscina desta vez no Auberge Touaregue em Merzouga.

A piscina tinha melhor aspecto mas também a sua água era de qualidade duvidosa. O almoço foi simples e próprio para se dar uns mergulho mas há mergulhos e mergulhos e há uns que dão “jacto”, arrepios, tremuras e cansaço.

Para o fim do dia estava combinado com o Moha ir ver o pôr-do-sol a partir do Auberge du Sud em dromedário, mas o pessoal entendeu que mais uns raios de sol na piscina eram o mais indicado e toca de telefonar para o Moha a anular a viagem de dromedário e acertar com o Touaregue Aziz, que tinha um preço mais acessível.

Ao fim da tarde decidi partir por pista para o Auberge du Sud com a Rosa Maria, uma viagem nas calmas que serviu para a Rosa Maria ganhar mais confiança em andar nas pistas. Chegamos cedo ao Auberge, arrumamos o “Savimbi” para a grande etapa do dia seguinte e preparamos os sacos. Banho tomado, decidi vir para o grande espaço da entrada principal do Auberge e eis que rebenta uma tempestade de areia, não dando tempo felizmente para abrir o computador portátil, tal era a força da tempestade. Começa a escurecer e começa a minha preocupação quando reparo que o Discovery do Joca já se estacionado no Auberge e que o Anágua já tinha saído do Auberge Touaregue.

Para mim dois dos elementos com GPS e com alguma experiência não estavam com o grupo que tinha ido de dromedário ver o pôr-do-sol. A tempestade de areia não acalmava e eu não sabia se o pessoal tinha gravado o track do Auberge du Sud.

Preocupados, eu e o Anágua fomos de “Medonho” para o ponto mais alto de um pequeno monte, fazer uma chamada do pessoal que presumíamos estar de regresso, mas nada. A areia fustigava o “Medonho”, até que decidimos falar por telemóvel para o Pedro Anágua que vinha a chefiar a caravana, impondo um trajecto em linha recta, era preciso era chegar. Segundo parece Brito e Costa, bem sugeriam um track, mas Pedro avançava, em frente, em frente, porque era por ali que mandava o “track”. Bem chegaram todos, alguns assustados, outros nervosos, mas espero que tenham compreendido que não devem alterar o programa porque o imprevisto espreita sempre, principalmente quando lhes falta experiência.

O jantar correu normal, com canjas, arroz branco, maçã cozida e muita água, agora estudada ao pormenor não fosse o teor de resíduo seco produzir mais “jactos”.

Nestas alturas as minhas conversas com o “Savimbi”, são muito importantes, é uma conversa de homem /máquina, mas é importante. Falei com ele e com uma estrela que lá no alto nos acompanhava e que me fez anular a dura etapa de Merzouga a Zagora por pista. A etapa tinha quase 300 Kms, era dura, mas com quase toda a caravana em estado de “jacto”, o melhor era seguir por Alnif e rumar a Zagora por Tazzarine ou por asfalto desde Tazzarine.

Tomada a difícil decisão dei conhecimento dessa decisão ao pessoal durante o jantar, posso dizer agora que doeu muito, porque ansiava por fazer esta etapa do Dakar. Mas a coesão do grupo e a sua união eram mais importante. As situações de “jacto” tendiam a piorar e não se vislumbrava melhoras nos “doentes”. Fui para o cadeirão da dunete analisar todas as situações e pensar na decisão a tomar e tomei, acho que bem.

 

Dia 22 de Agosto

 

Acordei cedo e fui preparar o “Savimbi” para zarpar para mais um dia de Expedição. Mas nada disso aconteceu, o Joca continuava com os tremores, a Patrícia com fortes dores no braço o João com o estômago enrolado e não se via melhoras no pessoal. Eu estava a ver a situação a piorar e o tempo a passar.

Andava a varrer o famoso passeio frontal do Auberge um “negro” do Mali de nome Moustapha, que vendo a nossa apreensão e do Moha, se disponibilizou a “curar” o pessoal. Nestas alturas nada melhor que aceitar os tratamentos tradicionais e lá levamos o Moustapha ao quarto do Joca. Mandou deitar o nosso Joca de barriga para baixo e com sabão azul deu uma espécie de massagem nas costas deixando uma película brilhante resultante do sabão azul. Como sabem o sabão é feito de gordura animal e como tal a base de óleo e a explicação do Moustapha era que a gordura ia abrir os poros e permitir uma limpeza ou drenagem mais eficaz da água do corpo. Bem o Joca uma hora depois estava em condições de levar o Discovery até Zagora e a fechar a caravana.

Com estes resultados nada melhor que passar a outro doente que com dores horríveis de contorcia no quarto. As dores de estômago eram tão violentas que a cara do João transmitia esse sofrimento. Perante isso, falei com o Moustapha e ele foi comigo ao quarto do João, que nem por sombras queria tal consulta, mas tinha de ser e a contra gosto o João teve de ceder.

Segundo rezam as crónicas, o Moustapha, espeta dois dedos no umbigo do João e começa a perguntar onde dói, aqui, aqui, aqui e quando o João boceja, aqui, Moustapha, espeta os dedos na zona do umbigo e rodopia duas vezes como que a desenrolar a tripa e João retoma a cor natural e está sem dores e pronto a partir.

Com o pessoal, todo nos carros lá vamos nós para Zagora com uma paragem técnica em Alnif para os “jactos” serem expelidos. O ânimo está aos poucos a retomar a caravana.

Chegados a Zagora algum pessoal foi de imediato a Meca dos Land Rovers a famosa oficina Chez Aziz, reapertar os Land Rovers e dar uma revisão geral. Aquela oficina é um mundo, somos bem tratados e o serviço bem feito. “Se queres, queres, se não queres, fixe”, “Caro, muito caro, é o que dizem os portugueses”, são as frases de toda a hora dos seus funcionários. Brito para compor a frase ensina uma asneira a moda do Porto e o pessoal assume de imediato e é a risota total. Bons momentos naquela oficina.

Chegamos a Zagora no final do dia e o Hotel do estilo das Mil e Uma Noites animou o pessoal bem como a excelente piscina. Eu peguei no meu portátil e estive a estudar quais as hipóteses mais viáveis face a capacidade de reacção da caravana que ainda estava em recuperação. As hipóteses eram várias, desde Zagora a Foum Zguid, de Zagora via M’Hamid até Tata e ou Zagora via M’ Hamid até Foum Zguid.

Era difícil a escolha, mas decidi e bem pela via Zagora, M’Hamid até Foum Zguid, já que íamos a M’Hamid e fazíamos o Lago Iriki e o Oásis Sagrado, era o mínimo para quem colocou a fasquia tão alta, fica para uma próxima.

O jantar foi excelente e os doentes em recuperação.

 

Dia 23 de Agosto

 

Bem cedo o pessoal tomou o pequeno-almoço e rumou até M’Hamid em passo acelerado, foram cerca de 100 Kms em que a ansiedade de entrar na grande pista era enorme. Chegamos a M’Hamid e nem paramos para apreciar a cidade, tal era a vontade de entrar na pista.

O track era bem definido e tinha início no final da cidade junto a um aglomerado de casas azuis. Os primeiros 30 Kms eram uma sequência de dunetes com vegetação que obrigavam a uma condução atenta. Depois entramos no Lago Iriki e o percurso tornou-se mais duro, muita pedra, demolidor para os Land Rovers. O calor era intenso e abafado, não corria brisa alguma e não se vislumbrava local para o almoço. A caravana seguia tensa e atenta ao terreno, o CB, mantinha-se calado, o terreno não ajudava.

Cerca do meio-dia estamos junto ao Oásis Sagrado, um ponto verde no meio do nada daí o nome, penso eu. A beira da pista está um famoso Land Rover 109 abandonado, segundo parece, figura de relevo nas revistas de Todo o Terreno mundiais. Passamos pelo Oásis sem parar seguindo uma variação do track mais a poente. O pessoal pedia local para almoço, mas é o paras, é preciso é andar, até que Brito explode e diz “Mestre eu quero comer e já” e lá paramos num mini oásis onde não corria brisa alguma e o calor queimava o fogo.

Sentei-me encostado a uma palmeira e utilizei a técnica da minha cadela, seja sentado o mais baixo possível e mais junto ao tronco da palmeira e aí corria uma brisa fresca e ligeira. Para quem leu o livro O Tuaregue do Figueiroa, tinha lá essa técnica.

Almoçados ou não retomamos a marcha, desta vez penosa por uma pista de pedra dura e pó ao longo do Lago Iriki, até que ao longe vimos um minarete que seria de uma povoação importante seja Zaouia Sidi Abd En Nebi. Este minarete foi importante para nós já que serviu de ponto de encontro da caravana que por motivo desconhecido se partiu em duas. Reagrupada a caravana entramos numa pista larga de horizonte a horizonte até a um Check Point Militar, onde não paramos ao sinal de Stop. Um militar que estava numa espécie de Posto Militar também não se preocupou com isso. Depois deste ponto tínhamos duas alternativas, uma mais rápida mas mais longa pela direita e outra mais curta mas mais dura pela direita. Optamos pela mais rápida  e valeu a pena, o ritmo imposto era demolidor era preciso chegar a Foum Zguid, porque havia uma certa tensão na caravana, já que a etapa estava a ser dura, muito dura.

A entrada de Foum Zguid mas ainda na pista soa o alarme via CB, “ o Discovery do Mack, mija óleo”, paramos já no asfalto e lá estava o efeito da pista. A caixa de direcção tinha dado berro. Fomos nas calmas até ao centro da cidade e paramos num grande largo. Perguntamos por mecânicos e nada, nem vê-los. Mas nada que um Tuga não faça, mãos a obra que se faz tarde e toca de desmontar a caixa e depois logo se veria como resolver a situação. O Pedro Anágua e o Rangel deram o mote e o resto do pessoal abancou num Restaurante Esplanada bem simpático, com umas bebidas bem frescas e umas boas brochetes.

Desmontada a caixa e como não havia peças para substituir nada melhor que pôr o Rui Melo em acção e ligar para o Aziz que estava em Zagora, para trazer um Kit de reparação e pôr o Eiffel em andamento. Só que o Aziz estava a cerca de 80 Kms por pista mas o que era preciso era reparar a avaria. Depois de duas horas ou mais de espera e de um excelente jantar lá chegou o Aziz que de imediato reparou a caixa e montou no Eiffel. O Pedro Anágua aproveitou para reclamar um serviço feito na noite anterior na sua transmissão traseira e o Aziz, lá arranjou como devia ser o que não estaria menos bem executado.

Eram cerca das duas da manhã que se começou a discutir o preço da reparação e depois de muita leria, lá houve fumo branco no preço.

Estávamos a 130 Kms de Tata e foi sempre a andar em ritmo alucinante, a estrada devia de ser boa e com muitas rectas e quase uma hora depois estávamos em Tata e às 3 da matina ou mais, entramos no pior Hotel da Expedição. Mal cheiroso, sujo e com falta de tudo, menos baratas, estas estavam em quase todo o lado como o calor que era sufocante. Sei que caí na cama e acordei de manhã.

Tomei o pequeno-almoço e queria era sair para Tafraout, Tata não me deixou nada que me faça voltar ali.

 

Dia 24 de Agosto

 

A ligação entre Tata e Tafraout não teve história e foi feita por asfalto, por um percurso de montanha com uma beleza extraordinária.

Chegamos a meio da tarde depois de um excelente almoço, junto a um Oued numa zona com inúmeras árvores.

O Hotel Salama está localizado em plena souk e tem contrariamente ao que pensava um largo que permitia estacionar todas os Land Rovers. Tafraout estava de pernas para o ar com obras de saneamento básico, era pó para todo o lado, mas era uma cidade animada e simpática. O souk fez as delícias do pessoal, nomeadamente os artesãos de chinelos, sapatos, as casas de especiarias e as lojas fartas de comida e frutas. Adorei Tafraout e fica no roteiro para uma próxima visita.

No entanto após o check in no Hotel, alguns de nós decidimos ir a procura das Pedras Azuis e valeu a pena, fizemos umas fotos, pusemos a imaginação a funcionar com a descrição das diversas formas das pedras naturais e depois regressamos a Tafraout por uma pista sempre com o João Anágua a comandar as operações.

O Jantar foi servido na esplanada e foi muito agradável. Não fosse o caroço de azeitona tipo foguete ou jacto lançado pelo Vieira que atingiu a Tânia Oliveira criando um “galo”, o jantar seria monótomo.

Como remate do dia hoje mais clientes para fazer a barba nos barbeiros locais e vale bem a pena.

 

Dia 25 de Agosto

 

A viagem para Sidi Ifni começou logo de manhã, por uma estrada de montanha em que o verde já era mais notório e as temperaturas mais amenas. Foi num instante que chegamos a Sidi Ifni, com uma passagem sem paragem, mais uma, por TizNit, uma cidade moderna, imponente com um mercado enorme e farto. Numa das rotundas, um engano, fez-nos dar uma grande volta, mas lá entramos no percurso sempre a beira-mar até Sidi Ifni.

Sidi Ifni é hoje uma cidade triste, quase que abandonada pelo marroquinos, já que foi também abandonada pelos espanhóis em 1968 ou 69. Alguns dos edifícios coloniais estão em ruínas e a coqueluche da burguesia de então o Hotel Suerte Loca, não é mais que uma triste amostra da sua opulência nos anos 60. Hoje Sidi Ifni vive debaixo de uma forte tensão entre os pescadores e o governo e isso era bem visível nas ruas, mas adiante.

Chegamos ao Hotel Suerte Loca e foi o caos total, os donos eram simpáticos mas os quartos pouco recomendáveis, grande parte sem WCs. Os colchões eram pouco apetecíveis, enfim uma péssima opção, para além da extrema simpatia dos donos, um senhor e duas senhoras. Este hotel tinha era uma excelente localização junto ao mar.

Os rostos do pessoal eram de desalento, de tal forma que alguns demandaram para a praia, quiçá desiludidos com o nome do Hotel, o “Suerte Loca”, mas é a vida. Em contra mão uma comissão ah-doc, “revolta-se” como os residentes e num ápice arranja novos poisos, num Parque de Campismo com aparthotéis e num Hotel simpático junto ao mar. Transmite-se esta decisão ao dono do Suerte Loca que a aceita bem.

O pessoal reúne no largo defronte dos Parques de Campismo e alguma tensão paira no ar quando se decide se vão para o hotel ou para os apartamentos, mas no final reinou o bom senso e cada um foi para onde quis e entendeu.

O almoço foi no Restaurante Miramar, um restaurante panorâmico com excelente comida, vale a pena anotar.

O resto da tarde permitiu que o pessoal fosse ao mercado e as compras e descobrisse uma excelente pastelaria com uns sumos de laranja 5***** e uns bolos de encher os olhos e chorar por mais.

 

Dia 26 de Agosto

 

O dia foi destinado a fazer a etapa a beira-mar, desde Sidi Ifni a TanTan. Mas isso era o que se previa fazer, mas há sempre um mas e nada disso aconteceu.

Bem cedo saímos de Sidi Ifni em busca da entrada para a pista de mar, uns quilómetros após o porto de pesca, o da polémica e das cargas policiais, eis que surge uma saída para terra que eu presumia que desse a pista d praia. Às apalpadelas segui a caminho e eis lá no fundo o mar e uma pista paralela, melhor ainda o mar e o 1º destroço de um barco. Paramos e reparei que o pessoal estava radiante, era isso que o pessoal queria, praia e pista. Avançamos e depois de um troço sobre calhau rolado eis a areia e uma pista larga e outro barco, este mesmo em cima da areia. Sacamos umas fotos e como convidava eis que alguns mais afoitos, toca de acelerar na pista dura da praia num vai e vem constante. Um tanto acelerou na água que depois se ouviu no CB, “não tenho acelerador, não tenho acelerador”. Ora isso num Td5 cheira a esturro, já que a electrónica é o Calcanhar de Aquiles daquelas “máquinas medonhas”.

Mas nada que Tuga não resolva, toca a desmontar o banco e ver a centralina, caos total, a centralina está banhada em óleo e não devia, mas nada que o “Tide” não resolva e toca a limpar os cabos e as fichas a espera do milagre, mas nada, o Td5 não responde, continua mudo e apático. Face a isso as senhoras abancam na praia a trabalhar para o bronze e outros vão ao banho. Rangel, João e Vieira estão umas duas horas a volta do Td5, mas este não responde, continua calado e impávido, não gostou do banho.

Então e muito bem decidi fazer uma grande almoçarada, ele era pacotes de mais pacotes de sparguetti a bolonhesa, de feijão-frade com atum, patés variados e umas “Cucas” bem frescas.

Entretanto “Brito” desafia “Medonho” para uma corrida em linha junto a praia. As máquinas alinham par a par e é dada a largada tipo Fórmula Um. Escusado será dizer que “Brito”, deu umas calças valentes a “Medonho”.

Então, eu e o João decidimos que agora o Td5 estava por nossa conta, seja os especialistas ficaram “down” a descansar. Desligamos a bateria cerca de meia hora controlada ao minuto, eheheeheeh, e depois ligamos o bicho do Td5. Tínhamos ouvido dizer que com o acelerador a fundo ele pegava e acelerava. Assim fiz, engatei o Td5 numa 3ª, liguei a chave a bomba medonha de combustível começo a roncar e dei a ignição. O Td5 acelera e arranco em pista aberta pela praia, num acelera desacelera “danoninho”, mas era preciso era ter esperança. Uma conversa de pé de orelha com o meu amigo lá do alto deu mais confiança e o Td5 começava a responder e a normalizar, não sendo preciso ir a Casablanca ou Rabat para configurar a centralina. De tal modo recuperou, que o Vieira decide avançar connosco pista adiante. Porém a maré subiu e tivemos que sair da pista para a falésia superior. Isso preocupou-me já que o Td5 do Vieira poderia não responder em termos de acelerador, mas tudo correu bem.

Seguimos por asfalto até que este acabou junto ao Oued Noun, Anágua decide fazer um caminho que estava cortado com pedras e descemos para o Oued. O percurso era chato e não sabíamos se tinha ligação a pista de mar. Rangel entra no Oued e atola. Pedro Anágua puxa com o seu guincho Rangel e o pessoal começa a ficar apreensivo com as horas, as senhoras manifestam essa apreensão e junto a praia decidimos retomar o caminho de regresso ao Hotel. Mas que regresso, descobrir a pista de regresso foi obra, mas tudo sereno que o Anágua ia a frente. Depois lá apanhamos o asfalto e hotel com eles.

 

Dias 27 e 28 de Agosto

 

Etapas simples e sem história entre Sidi Ifni e Essaouira e Essaouira e El Jadida.

Sem história não, porque um polícia a civil, um das centenas que fervilham em Sidi Ifni, deu em “chatear” porque um Discovery levava afixado um mapa da Expedição que por falta de espaço omitia uma parte de Marrocos mais concretamente o Sahara Ocidental. O homem estava possesso, dizia que se punha em causa a integridade do Reino de Marrocos e mandou retirar o mapa do carro. Eu vi a coisa mais negra do que parecia e estava ansioso por sair de lá o que demorou quase uma eternidade, já que o restante pessoal não se apercebeu. Na varanda do Miramar eu via o polícia a bracejar, já que tinha voltado ao hotel novamente. Até chegar a Essaouira fui sempre mudo e calado a olhar pelo retrovisor e a espera de uma Operação Stop Policial, coisas da vida de Chefe de Expedição.

Visita as cidades, às Medinas, aos souks e descanso. Como nota mais significativo um almoço algures junto a uma praia em que i lixo era mais que muito, coisas da vida.

 

Dia 29 de Agosto

 

O regresso por AE, com mais um engano na saída para Tânger e mais um almoço no Mac Donalds numa das saídas da AE pata acesso a Tânger e Tetouan. Algures a cerca de 100 Kms de Tetouan “Savimbi” começa a deitar fumo preto e a não responder acima dos 110 Kms/hora. Fico preocupado e apreensivo e tenho que levantar o pé do acelerador, tentando levar o carro em segurança até Ceuta ou Algeciras. Mas veio até a Lousã e só foi arranjado dia 8 de Setembro com uma avaria que não lembra a ninguém. Seja o difusor metálico do snorkel que entra a pressão está na vertical com as palhetas abertas, como por mágica, salta do encaixa, talvez devido ao calor ter dilatado a coluna de PVC e cai na horizontal tapando a admissão de ar. E esta hein, só o Pedro Bastos é que a descobria.

Chegamos a fronteira e era o caos total. Milhares de carros de emigrantes que voltavam para a Europa, eram longas filas de carros e fomo-nos safando conforme podíamos. Depois de umas 5 ou 6 horas, estamos em Ceuta e outra fila nos espera para entrar no Ferry. São bués de carros nos parques e milhares de pessoas a dormir no chão a espera que o 1º barco da manhã aparecesse. Depois de uma longa espera lá fomos nós, não todos e foi ali que a caravana se partiu, uns vieram mais cedo que outros, mas tinha de ser, não havia nada a fazer.

O regresso foi duro para quem fez uma directa e não dormiu, mas cheguei cansado mas feliz e cada vez mais a adorar Marrocos e as suas gentes.

Este é o meu relato, tal como o vivi e como o tenho na memória.

Ao pessoal que foi um muito obrigado e desculpem qualquer coisinha, fiz o melhor que sabia e podia sempre no bem-estar de todos.

Inté pessoal até uma próxima.

Lousã, 8 de Setembro de 2008

Parola Gonçalves

 

 

 

 


Comentários

3 comentários a “O MEU RELATO DA II EXPEDIÇÃOLAND LOUSÃ A MARROCOS – 2008”

  1. Avatar de Ana França
    Ana França

    Li, leio e volto a ler sempre acompanhada da recordação desta expedição de sonho…não só pela terra e gente marroquina, a qual adorei pelas suas paisagens, simpatia e genuídade mas, igualmente, pela forma como o Mestre soube “conduzir” esta expedição, pelo gosto que tive de pertencer a um grupo de expedicionários que apesar das adversidades típicas deste tipo de aventuras se manteve coeso, pelas amizades criadas. Foi a 1.ª vez que fui a Marrocos e sei que não será a única…
    O relato é mais um elemento que vou guardar e recordar desta aventura…
    Obrigado a todos. Obrigado Mestre por tudo o que fez.

  2. Avatar de João Pedro
    João Pedro

    Excelente relato … Que vontade de lá ter estado!
    Estive para ir com uns amigos motards a fazer de carro de apoio, agora em Setembro, mas por razões de maioria a data foi adiada o que me impediu de seguir viagem e fazer o meu baptismo de deserto!
    Vou ficar atento, se abrir uma caravana para o ano vou-me alistar!

  3. Boas.
    João Pedro quando puderes vai a Marrocose vais curtir bués.
    Se precisares de ajuda apita.
    Inté.
    Fica bem.