Ao “meu” Vasco

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“Chegaste com três vinténs

e o ar de quem não tem

muito mais a perder …

…tu despertas-te em mim um ser mais leve

e eu sei que essencialmente isso se deve

a esse passo (in)seguro

e ao paraíso no teu olhar …”

Era desta forma que gostavamos de recordar o enamoramento. Tão rápido, tão avassalador, tão assustadoramente perfeito, tão bom, tão simples. Foi tão fácil deixar-te entrar na minha vida, havia um espaço à tua espera e tu soubeste ocupá-lo na perfeição.

Lembras-te como me surpreendeste quando disseste que querias ficar comigo para sempre? Nunca pensei que fosse desta forma, para a eternidade! Não paras de me surpreender.

Eu sei que tu estás comigo, eu sinto que não me abandonaste, sei que agora não há distâncias, sei que estás sempre comigo, mas mesmo assim, sinto tanto a tua falta…

Eu tenho-me portado bem, tenho sido forte, sei que estás orgulhoso de mim. Mas hoje não consegui, desculpa, foram muitas emoções, muitas recordações. Deixei abrir as torneiras … Sei que a minha dor é egoísta, aconteceu tudo como tu querias, partiste “à Vasco”, eu é que não estava preparada. Mas daqui a pouco esta nuvem escura passa e eu volto a ser a “mulher” que tu gostavas.

Sabes Vasco, há dores que não se ultrapassam, aprende-se a viver com elas. “Quem não dá um passo porque já caiu, deixa de caminhar”. Nunca esta frase que me dizias tantas vezes fez tanto sentido. Sempre sábio …

Acabei de chegar da missa, pedi por todos. Eu sei que estás bem. Não consigo é tirar da cabeça a primeira MMS que me mandaste, com aquela foto da serra da Lousã, “ias gostar de estar aqui … só pra meter inveja”.

Termino com mais um excerto da mesma música, que ouvimos tantas vezes.

“Se eu fosse compositor

compunha em teu louvor

um hino triunfal.

Se eu fosse crítico de arte

havia de declarar-te

obra prima à escala mundial …”

JTDHQTAM? MMM? EQQFCPS?

 


Comentários

2 comentários a “Ao “meu” Vasco”

  1. Fosga-se Baixinha, depois de ler isto fiquei sem palavras.
    Ainda não tinha recuperado da tarde que foi “medonha”, com tantas recordações e com ida a Ortiga, eis que esta declaração de amor ao teu Vasco, faz estremecer qualquer um.
    Penso que melhor que ninguém eu sou um dos que sei quanto voçês se amavam. Sei bem o que o Vasco me dizia nas nossas longas conversas sem ser de Land Rovers.
    Também sei decifrar isto. JTDHQTAM? MMM? EQQFCPS?

    Inté. Mungo ué.

  2. “A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos.”

    Tenho a certeza que o teu “metal” é dos melhores que há…

    BeiTinhos 😉 gosto de TU!